segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
HISTÓRIA DE NATAL
Com alvo cendal, Maria coberta.
- Acorda, Maria - José a desperta.
O burrinho-monge
paciente aguarda.
- Acorda, burrinho - José o encilha.
As heras e o musgo lhe arranca do alforge.
Põem-se a caminho Maria e José.
Procuram um longe para descansar.
Há tantos Natais procuram um longe:
Um Deus quer nascer e não há lugar.
Outra vez a gruta emerge e degela.
os pastores, cândidos, ocupam nos montes
o lugar de sempre:
à espera do Anjo
que desce da estrela...
Seguem os viajeiros
Maria e José:
procuram um longe
para descansar.
Os homens fecharam as portas do mundo:
um Deus quer nascer
e não há lugar.
( releitura de um poema publicado em Fio de Lã,1979/Recife
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Grande Lourdinha, que poema belo e comovente!
ResponderExcluirLembro desse poema e nunca me esqueci dele ! Assim como não esqueço de você, minha amiga querida, a quem tanto admiro e agradeço a Deus por sua amizade.
ResponderExcluirLuis Manoel Siqueira