terça-feira, 22 de março de 2011

Diário de Aldeia

Bailia


Bateste-me à porta
Tresloucada amiga:
De onde vens velida?

Bailemos, amiga,
A tua cantiga,
Pelo monte afora.

Bailemos agora
Por vales floridos
Ó chuva perdida.

Brunindo os cajus
E as mangas, bailemos
Lavando as faianças
Das folhas
Dancemos.

Ó chuva benvinda,
Bailemos agora
Por vales, por serras,
Pelo mundo afora.
(in Fonte de Pássaros, 1999)

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22/3/2011
A cerca de jasmins escorre chuva
 perfume intenso acordando o sol.


A rosa da manhã desfolha-se luminosa
diluindo o  silencio entre água e luz.

O flamboyant contou seus segredos ao vento
que os semeou na relva do jardim.


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